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O mercado de terceirização no Brasil sofreu mudanças bruscas a partir da aprovação, pela Câmara dos Deputados, do Projeto de Lei (PL) 4.302/1998. Com a possibilidade da terceirização também das atividades-fim o setor sofreu avanços imprescindíveis. O processo gerou uma grande popularização da solução e tornou a terceirização mais conhecida e buscava perante empresas de diferentes segmentos que buscam seus benefícios.
Com um movimento de popularização, é normal que se criem mitos e boatos sobre alguns partes desse modelo de contratação. Por isso, é importante desmistificar dogmas negativos que permeiam o tema e esse conteúdo é voltado justamente para desmistificar uma desses mitos. Muitas pessoas acreditam que a terceirização causa uma precarização do trabalho e a seguir você verá que na prática isso não se sustenta. Preparado?
A relação entre a terceirização e o mercado de trabalho brasileiro
Um dos pontos mais importantes e recorrentes quando estamos falando de terceirização é os impactos que ela gera no mercado de trabalho. Primeiro de tudo é importante deixar claro que esse modelo não precariza o trabalho.
Para de mostrar isso de maneira mais clara, vamos observar a análise de algumas estatísticas taxativas: segundo dados do IBGE de 2018, os serviços terceirizados já empregavam cerca de 22% dos trabalhadores formais do Brasil. Ou seja, ao contrário do que muitos pensam, a terceirização é a atividade que mais contrata em nosso país, à frente da indústria de transformação.
Além disso, a sua taxa de formalização é a mais elevada dentre os segmentos avaliados, com 72,1% dos recursos humanos tendo carteira assinada. A nível de comparação, na manufatura, esse índice é de 69,7%.
É provável que a regulamentação aprovada continue a favorecer esses crescimentos e estimule ainda mais a contratação formal, considerando que processos disciplinados em lei oferecem mais segurança jurídica às empresas e estimulam práticas corretas. Além disso, também favorece a criação de postos de trabalho o fato de o projeto permitir a terceirização dos serviços diretamente ligados ao core business das empresas, e não mais apenas das atividades-meio, como ocorria até 2017.
É um mito que a terceirização é prejudicial aos trabalhadores
Outro estudo, a Sondagem Especial: Terceirização, realizado em 2014 pela CNI, já reforçava o conceito de que o modelo de terceirização não promove a precarização do trabalho, muito pelo contrário. Nele consta que 75% das indústrias usam serviços terceirizados e dentre as que utilizavam, 84% pretendiam manter ou aumentar a sua contratação nos próximos anos.
Ou seja, estamos vivendo esses ‘próximos anos’ agora e a perspectiva é de que o segmento continue gerando empregos em escala crescente, principalmente a partir da retomada do crescimento da economia brasileira após 2 anos de pandemia. Além disso, o mesmo estudo mostrou que 75% das empresas que recorrem a serviços terceirizados verificam, de maneira espontânea, se a contratada cumpre as obrigações trabalhistas, normas de saúde e segurança do trabalho.
As micro e pequenas empresas, que representam parcela expressiva do mercado da terceirização, tem acesso a uma serie de vantagens muitas vezes subvalorizadas por quem se posiciona contra popularização da terceirização. Para esses negócios, a regulamentação atual oferece segurança jurídica, mercado mais acessível com regras transparentes e maiores oportunidades de se inserirem na produção em redes.
Outra ideia equivocada que se imputa à terceirização é a da diminuição dos gastos com a folha de pagamentos. O conceito transcende em muito a esse propósito. Mais importante para a empresa que contrata os serviços é, sim, a redução dos custos de produção, mas é preciso existir os ganhos em especialização, eficiência e produtividade.
O reais impactos da terceirização
Cabe ainda, enfatizar algumas das demais vantagens que a terceirização entrega:
- Redução das ações na Justiça do Trabalho com mais segurança jurídica para empresas e trabalhadores;
- Melhoria da produção em rede, favorecendo inserção competitiva do Brasil na globalização;
- Segmentos com fluxos sazonais têm no modelo a melhor alternativa para suprir suas demandas de recursos humanos e serviços;
- Contratação de especialistas qualificados em cada área, otimizando resultados em todas as etapas, da gestão ao chão de fábrica.
Em suma, podemos perceber claramente, que em meio aos grandes problemas que hoje enfrentamos no Brasil, a terceirização é um passo relevante em nossa luta pela recuperação da competitividade e retomada do crescimento. E que ela é sem dúvidas um caminho para geração de empregos e inovação econômica, possibilitando o surgimento e expansão de diversos negócios ao redor do Brasil.
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