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No nosso país, os custos logísticos são um grande desafio para as transportadoras brasileiras que querem gastar menos e tornar seus negócios mais rentáveis. O primeiro passo para a otimização de custos de transporte – ou seja, para realizar uma gestão de custos logísticos mais eficiente -, é identificar quais são esses gastos.

Leia: 3 dicas de redução de custos na logística

O que são custos fixos?

Como o nome já diz, os custos fixos são aqueles que, independentemente do volume de produção ou do tempo, precisam ser pagos para que o procedimento em si aconteça. Dessa forma, por mais que o ritmo de produção e vendas mude com o tempo, os valores tendem a ser estáticos.

Aqui vão alguns exemplos de custos fixos da vida real para você entender na prática a definição: 

  • Aluguel;
  • Serviços de segurança;
  • Limpeza;
  • Planos de telefonia;
  • Manutenção de equipamentos.

Vale destacar que é comum existir uma margem de variação nestes custos, apesar deles serem fixos. No entanto, a oscilação dessas despesas é mínima e tendem a ocorrer de tempos em tempos.

E os custos variáveis?

Já os custos variáveis são aqueles que acompanham o ritmo de produção da empresa e, por isso, sofrem alterações conforme o tempo. Esse gasto é aquele que vai mudar de acordo com o volume de vendas ou a prestação de serviços.

Além disso, a categorização dos custos (fixo ou variável) vai depender da natureza e do funcionamento do seu negócio. O mais importante é que você saiba as definições e diferenças entre os conceitos para se preparar da melhor maneira possível.

Leia: Saiba qual é o papel da logística no modelo de negócios | 

Conheça os principais custos existentes na logística

Vale destacar que os custos logísticos operacionais tendem a variar de empresa para empresa. De qualquer forma, podemos identificar alguns aspectos em comum em relação a todas as instituições.

1. Estoque e armazenagem

Nesse caso, os custos dependem de dois fatores:

– O volume de produtos com os quais uma empresa trabalha;

– Período que o material precisa permanecer alocado. 

Assim, quanto maior o tempo e a quantidade de produtos, mais elevada será a despesa. Dentro dessa categoria, existem outras três.

  • Custo de produto

Aqui é considerado o investimento feito em cada material comprado com os fornecedores.

  • Custo de falta do produto

Esse gasto refere-se à falta de itens no estoque. Por exemplo, sabe quando acontece algum atraso na entrega do fornecedor? Ou quando os produtos foram perdidos, danificados, quebrados ou venceram a validade? Eles podem causar gastos desnecessários para a empresa. É importante ficar atento.

  • Custo de manutenção

Essas despesas estão relacionadas à infraestrutura e mão de obra. Inventário, aluguel do espaço físico, impostos e gastos com materiais parados são outros exemplos. Mas é fundamental deixar claro que agilidade e eficiência são tópicos necessários para que processos logísticos sejam bem sucedidos.

2. Transportes e fretes

Esses gastos envolvem aquisição de veículos, manutenção, ociosidade, depreciação e combustível. Além disso, é um dos mais expressivos. No país, a maior parte do transporte acontece por meio da malha rodoviária. Assim, os veículos precisam percorrer grandes distâncias, o que contribui para o desgaste mais acelerado do caminhão, além de aumentar sua exposição a riscos.

3. Logística tributária

O Brasil possui uma alta carga tributária e também uma legislação conhecida por ser complexa. Investir em um planejamento para isso é essencial para manter a lucratividade da organização.

Conheça os principais impostos que incidem na logística:

  • IRPJ – Imposto de Renda Pessoas Jurídicas: tributo federal calculado com base no lucro real, presumido ou arbitrado da empresa, de acordo com seu regime de sociedade.
  • CSLL – Contribuição Social sobre o Lucro Líquido: semelhante ao Imposto de Renda, sua taxação também varia conforme o regime de tributação adotado pela empresa.
  • PIS/PASEP – Contribuição para os Programas de Integração e Formação do Patrimônio do Servidor Público: imposto recolhido mensalmente sobre o faturamento total das empresas dentro do período de um mês. A alíquota pode variar entre 0,65% e 1,65%.
  • Cofins – Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social: calculado com base no faturamento das empresas. A contribuição varia entre 3 a 7,6%.
  • IPI – Imposto sobre Produtos Industrializados: tributo que incide sobre a produção de qualquer tipo de mercadoria e que possui alíquotas variadas.
  • ICMS – Imposto sobre Operações Relativas à Circulação de Mercadorias e Serviços de Transporte Interestadual e Intermunicipal: esse tributo estadual está relacionado à circulação de mercadorias, serviços de transporte, entrada e saída de cargas, fornecimento de produtos, entre outras atividades. As alíquotas mudam de acordo com as diferentes regiões.
  • ISSQN – Imposto sobre Serviços de Qualquer Natureza: é um imposto municipal que deve ser pago por prestadores de serviço, tanto empresas quanto autônomos.

4. Operações de distribuição

No caso doscustos fixos relacionados a operações de distribuição, existem: 

  • Aluguel;
  • Taxas do espaço físico; 
  • Equipamentos.

Custos variáveis: 

  • Manutenção; 
  • Mão de obra e horas extras; 
  • Seguros de cargas; 
  • Pneus; 
  • Combustível e lubrificantes; 
  • Compra de peças.

5. Embalagem

Esse custo muitas vezes é deixado de lado. O acondicionamento correto dos itens evita acidentes e defeitos nas mercadorias. Além de intensificar a proteção, é possível economizar e otimizar o uso do espaço dentro dos veículos quando embalagens adequadas e boas práticas de empacotamento são adotadas.

Como evitar ou reduzir esses custos?

1. Planejamento em primeiro lugar

Essa é principal dica que podemos dar! Inclusive, ela é válida para qualquer setor/departamento. É importante definir as metas e traçar também objetivo e processos para definir como elas serão alcançadas. Dessa forma, você evita prejuízos financeiros, retrabalho e perda de tempo. 

2. Invista nas suas pessoas

Outro ponto importante é a gestão de pessoas. Para que erros sejam evitados, é necessário investir em capacitação e seleção de qualidade. Claro que vale a pena também promover experiências e ações que incentivem os funcionários para que eles estejam sempre motivados. Somente dessa forma a equipe estará apta a continuar sempre se desenvolvendo e, assim, entregar resultados cada vez melhores. 

Além disso, você sabia que é possível tornar a rotina de todos ainda mais fácil? Por meio do TruckPad Pay você não precisa mais dar cartões para os motoristas ou gastar tempo fazendo transferências, tudo é digital.

3. Mapeie, conheça e acompanhe os processos da sua empresa

Para conhecer a fundo a sua empresa e, assim, identificar questões que podem ser aprimoradas, é importante mapear os processos da empresa, ouvir seus funcionários e coletar o máximo possível de informações. 

Após recolher esses dados, é essencial fazer uma análise minuciosa para depois agir da melhor maneira possível. Depois disso, é obrigatório realizar um bom acompanhamento para perceber se há melhora ou não.

Conclusão

Deu para entender quais são os maiores custos logísticos e como você pode reduzi-los? É importante ficar atento a todos os tipos de despesas para, assim, aumentar a lucratividade e a receita da sua transportadora. Para isso, aposte em um planejamento estratégico detalhado que leve em consideração os diferentes desafios do mercado e da sua organização.

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