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Existem vários tipos diferentes de fôrmas de concreto, isso acaba gerando muitas dúvidas, existem fôrmas de madeira, metal, plástico, fira de vidro, papelão. São muitas alternativas e existem diferença entre todas elas. Nesse texto iremos explicar as características para facilitar na hora da sua escolha.

Fôrmas metálicas

O sistema de fôrmas metálicas é fabricado totalmente em aço de alta resistência, incluindo os acessórios e itens de consumo. O sistema prevê painéis bem estruturados, que resistem a grandes pressões durante as concretagens. Os tamanhos de painéis são muitos, o que torna esse tipo de fôrma mais versátil para diversas aplicações em diferentes tipos de estruturas.

O sistema pesa 29 kg/m² e o painel de maior dimensão com 600 mm x 1200 mm pesa 22 k.

Fôrmas de madeira

Muitas são as razões para as fôrmas de madeira ter seu uso mais difundido na construção civil. Entre elas estão: a utilização de mão-de-obra de treinamento relativamente fácil (carpinteiro); o uso de equipamentos e complementos pouco complexos e relativamente baratos (serras manuais e mecânicas, furadeiras, martelos etc.); boa resistência a impactos e ao manuseio (transporte e armazenagem); ser de material reciclável e possível de ser reutilizado, em obras para diferentes fins, e por apresentar características físicas e químicas condizentes com o uso (mínima variação dimensional devido à temperatura, não-tóxica etc.).

As restrições ao uso de madeira como elemento de sustentação e de molde para concreto armado se referem ao tipo de obra e condições de uso, como por exemplo: pouca durabilidade; pouca resistência nas ligações e emendas; grandes deformações quando submetida a variações bruscas de umidade; e ser inflamável.

É importante ressaltar também, que uma fôrma de madeira que atenda as normatizações, e desde que manuseada corretamente, pode ultrapassar até 30 reutilizações em processos de concretagem.

Fôrmas de tábuas

As fôrmas podem ser feitas de tábuas de pinho (araucária – pinheiro do Paraná); cedrinho (cedrilho); jatobá e pinus (não-recomendado). O pinho usado na construção é chamado de pinho de terceira categoria ou 3ª construção ou IIIªC. Normalmente, as tábuas são utilizadas nas fôrmas como painéis laterais e de fundo dos elementos a concretar. Algumas madeireiras podem fornecer, ainda, pinho tipo IVª Rio com qualidade suficiente para serem usadas como fôrmas na construção.

Fôrmas mistas

Geralmente são compostas de painéis de madeira com travamentos e escoramentos metálicos. As partes metálicas têm durabilidade quase que infinita (se bem cuidadas) e as peças de madeira tem sua durabilidade restrita a uma obra em particular ou com algum aproveitamento para outras obras.

Fôrmas de PVC

A tecnologia Concreto-PVC segue um conceito bem simples. Trata-se de um sistema modular constituído por painéis leves de PVC, de encaixe simples e rápido dos módulos, com espessuras e alturas variáveis dependendo do projeto, e que são preenchidos internamente com concreto e aço estrutural.

Essa “nova maneira” de construir aumentou a competitividade ao sistema convencional. A tecnologia foi desenvolvida pela Royal Group Techonologies, no início da década de 80, no Canadá. Chegou ao Brasil, em 1998, com a construção de uma escola no município de Macaé, no Rio de Janeiro e, hoje, soma mais de 500.000 m² de área construída nos mais diversos tipos de projetos, de casas populares do programa “Minha Casa, Minha Vida”.

Começando pela montagem, a redução de custo com mão de obra é de aproximadamente 70% em relação ao sistema convencional, pois não é necessária a utilização de equipamentos pesados, como guindastes, e nem de ferramentas especiais.

Outra vantagem da tecnologia é uma construção limpa, sem entulho e sem desperdício (com redução de aproximadamente 90% em relação às obras convencionais), além do PVC ser reciclável. Há, ainda, uma economia de até 73% no consumo de energia elétrica e 75% no consumo de água durante a obra, o que a torna altamente sustentável do ponto de vista de preservação do meio ambiente.

Fôrma de papelão

As formas de papelão, também chamadas de tubos de papelão, possuem grandes vantagens em relação às formas tradicionais de madeira e metálicas por serem leves e de fácil manuseio, além de chegarem à obra prontas para utilização sem a necessidade de montagem. Os tubos recebem uma proteção interna e externa de uma película inerte, permitindo que a forma não reaja com o concreto e que não absorva água. Também possui alta rigidez, alto índice de isolamento térmico e acústico, e cria vazios nas peças de concreto com a finalidade de aliviar cargas e economizar materiais.

Entretanto a característica mais interessante é a sua vantagem ecológica: o papelão após a desforma pode ser reciclado novamente, basta ser direcionado à uma central de reciclagem; portanto a cadeia produtiva se fecha e a obra não gera resíduos prejudiciais ao meio ambiente.

Fibra de vidro

As fibras de vidro são empregadas em aplicações técnicas diversas. Recentemente também passaram a ser utilizadas no concreto. Muitas vezes, as fibras de vidro para concreto concorrem com as microfibras ou fibras de polipropileno na utilização.

O sistema não tem peças soltas, o que torna a montagem simples e fácil, com equipe reduzida de operários. Com 20 kg/m², o sistema aceita qualquer tipo de concreto e pode ser reutilizado centenas de vezes. A montagem do sistema dispensa os tradicionais travamentos. Os próprios painéis são capazes de resistir à pressão do concreto durante o lançamento.

Dicas para fôrmas de concreto

Na construção civil, sempre foi certo consenso deixar para que encarregados e mestres ficassem responsáveis pela definição das fôrmas, acreditando-se no critério adotado para dimensionamento prático fosse suficiente para garantir a estabilidade das estruturas provisórias. Pouca atenção foi dispensada para os custos decorrentes da falta de um rigor maior no trato das fôrmas.

Atualmente, com o alto custo da madeira, a necessidade de maior qualidade (controle tecnológico dos materiais), a redução das perdas (materiais e produtividade da mão-de-obra), redução de prazos de entrega (competitividade) etc, é imperioso que o engenheiro dê a devida importância ao dimensionamento das fôrmas e escoramentos provisórios considerando os planos de montagem e desmontagem e o reaproveitamento na mesma obra.

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