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O ponto médio entre uma intenção e uma construção é o projeto arquitetônico, seja o sonho da casa própria ou uma ambiciosa licitação governamental para infraestrutura.
Um projeto arquitetônico é uma representação gráfica da expectativa do cliente aplicada ao ambiente em que está inserido. Não se trata apenas de atender às especificações e adicionar funcionalidade a um determinado espaço, trata-se também de combinar habilidades, criatividade, raciocínio e conceitos para o resultado final. Tudo isso sem comprometer as necessidades de outros projetos.
Preparamos um artigo explicando o que é um projeto arquitetônico e para que serve, suas etapas básicas e requisitos. Agora você vai aprender mais sete coisas que não devem faltar em um projeto arquitetônico. Boa leitura!
Estudo do terreno
Um projeto arquitetônico não deve começar sem um estudo preliminar do terreno. Afinal, o espaço planejado relaciona-se com a paisagem urbana e o ambiente em que está inserido. As leis e regulamentos também variam de acordo com a região, daí a importância de conhecer a legislação local.
O mesmo cuidado se aplica aos fatores ambientais e à vegetação do terreno. Essa orientação é um dos destaques do Guia do Projeto Arquitetônico. A publicação lembra, por exemplo, que certas espécies da flora não podem ser amostradas ou têm restrições à sua extração.
Vale anotar outras três dicas extras do guia:
Respeite o orçamento
Os arquitetos não são responsáveis ??pelo orçamento final da construção, mas um profissional que entenda de custos de construção e custos de materiais se destaca no mercado.
Analise o layout de interiores
Os projetistas de arquitetura precisam de informações dos planos de layout de interiores para prever a localização de equipamentos e tubulações.
Pare e planeje
Tudo o que você parou para organizar no passado será resolvido logo em seguida, é um ciclo natural.
Leia também: Saiba como incentivar a capacidade de realização na sua gestão de obras
Aplicação do conceito de Design Universal
Você conhece Design Universal? Esse conceito inclui padrões acessíveis a todos, começando pela criação de ambientes e produtos que podem ser usados ??por todas as pessoas em sua plenitude.
Esta não é uma política de acessibilidade para pessoas com deficiência, mas uma abordagem para projetar espaços que podem ser usados ??por qualquer pessoa em qualquer fase da vida.
O Manual do Desenho Universal, elaborado pelo governo de São Paulo, traz os sete princípios deste conceito:
Uso equitativo
Fornecer espaços, objetos e produtos que possam ser utilizados por usuários com diferentes habilidades, evitando discriminação ou estigma contra qualquer usuário.
Uso flexível
Construir um ambiente ou sistema que permita atender às necessidades de usuários com diferentes capacidades e preferências diversas, permitindo adaptação e transformação.
Uso simples e intuitivo
Compreenda e capture facilmente o espaço, independentemente da experiência do usuário, nível de conhecimento, habilidades linguísticas ou nível de concentração.
Informação de fácil percepção
Utilizar diferentes meios de comunicação, como símbolos, sons, informações táteis, entre outros, para compreender os usuários com deficiência auditiva, visual, cognitiva ou auditiva não verbal.
Tolerância ao erro (segurança)
Leve em consideração a segurança ao projetar o ambiente e selecionar materiais de acabamento e outros produtos – como corrimãos, equipamentos eletromecânicos – utilizados na construção, para reduzir o risco de acidentes.
Esforço físico mínimo
Dimensionar itens e equipamentos para serem usados ??de forma eficiente, segura, confortável e com menos fadiga.
Dimensionamento de espaços para acesso e uso abrangente
Permite que o usuário alcance e use confortavelmente, sentado e em pé. Habilite o escopo visual do produto e do ambiente para todos os usuários, sentados ou em pé.
A ideia é colocar isso em prática com cuidado estético, sem aparência clínica, com produtos disponíveis na indústria da construção!
Acessibilidade e inclusão
O Brasil tem pelo menos 17,3 milhões de pessoas com deficiência, segundo o IBGE. A atenção a esse grupo populacional não deve ser apenas uma obrigação legal, mas também um princípio norteador de qualquer projeto arquitetônico.
Ao oferecer autonomia a todos os que frequentam os espaços, o seu projeto transmite sempre uma imagem positiva no mercado. Assegurar a inclusão de pessoas com mobilidade reduzida e dificuldades de comunicação.
Este artigo da Revista Grandes Construções traz alguns exemplos de como adaptar os espaços de acordo com o projeto arquitetônico. Algumas boas opções são: rampas com inclinação específica, piso tátil, corrimãos e níveis intermediários de descanso, campainhas e interfones com sinal luminoso, maçanetas e portas acionadas por sensores e equipamentos eletromecânicos.
Todas essas soluções são alcançáveis ??sem comprometer os aspectos conceituais e estéticos do projeto.
Uso de tecnologia (arquitetura digital)
Os avanços na tecnologia permitiram ao arquiteto observar o resultado final de seu projeto antes de qualquer ida ao local. Estamos falando da chamada arquitetura digital, que se baseia no uso de softwares para reproduzir o projeto em 3D.
Também ajuda no processo de apresentar ideias ou fazer escolhas aos clientes, incluindo recursos de realidade virtual!
Relatório de Inteligência do Sebrae, para arquitetura digital, destaca processos que se beneficiam desse conceito no controle administrativo:
- Cálculo de orçamentos
- Volume e especificação de materiais
- Redução de custos
- Mais tempo para a criação
Leia também: Russel Serviços: como trabalhamos?
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