Aprenda a fazer a gestão de manutenção em transportadoras e descubra os benefícios que essa prática pode trazer

Se você possui um veículo ou uma empresa de transportadora, já deve ter percebido sobre a importância de fazer manutenções em cada um deles.

Mas você sabia que uma boa gestão da manutenção em transportadoras pode ajudar a reduzir os acidentes de trânsito, a compra de peças e o tempo ocioso dos caminhões? Tudo isso impacta diretamente no caixa da sua empresa e pode trazer economias relevantes no longo prazo.

Porém, nem sempre é fácil criar uma rotina de cuidados que seja eficiente. No artigo de hoje, nós explicamos os tipos de manutenção que você precisa conhecer para estabelecer a gestão de manutenção da sua frota. Além disso, falamos sobre algumas medidas que podem ser tomadas para uma rotina mais eficientes e econômica. Confira!

A importância de uma gestão de manutenção bem feita

A gestão da manutenção consiste em praticar a supervisão do funcionamento regular de sua frota. Isso acontece por meio de processos bem definidos, com periodicidade estabelecida e um checklist técnico de controle. Se a prática estiver sendo executada, os caminhões continuarão operando ininterruptamente, com segurança e o máximo da sua capacidade produtiva.

Não vale a pena correr riscos, deixando a produtividade, a integridade da carga, o atendimento ao cliente e, principalmente, a saúde dos motoristas em segundo plano. Afinal, a tarefa da transportadora ultrapassa, e muito, o ato de levar artigos do ponto A ao ponto B. Para se destacar no mercado, é preciso fazer tudo isso com excelência.

No tópico seguinte, nós vamos explicar, detalhadamente, como uma boa gestão da manutenção em transportadoras deve acontecer. Por enquanto, basta você saber que o gestor deverá trabalhar com a coleta de informações sobre a frota e o estudo das necessidades de cada caminhão. Dessa forma, o planejamento correto com o tipo de manutenção adequada é definido. 

Nesse contexto, existem três manutenções: preditiva, preventiva e corretiva. Todas são extremamente importantes e acontecem em momentos específicos, após a análise de cada veículo. A seguir, vamos diferenciar cada uma delas e como e quando devem ser realizadas:

Manutenção preditiva

O procedimento se dá de maneira planejada, a fim de evitar possíveis problemas com os caminhões. A prática é obrigatória nas situações em que a frota não pode ficar, nem por um momento, fora de funcionamento. Caso isso aconteça, o faturamento da transportadora é prejudicado. 

Em regra, a manutenção preditiva analisa o veículo nas condições que ele se apresenta no momento. Portanto, ela despreza um cronograma de trocas e usos, estabelecido pelo fabricante, com instruções relacionadas aos estados das peças. 

Como você já deve ter concluído, o custo dela é mais alto. Isso porque a proposta é fornecer um olhar completo e detalhado à frota, além de ser necessário treinar os profissionais que conduzirão a prática e investir em aparelhos específicos, como equipamentos de medição de vibração.

Por outro lado, a partir dos resultados, a vida útil dos caminhões aumenta, já que conseguem rodar por mais tempo nas estradas, com sua potência máxima.

Manutenção preventiva

A manutenção preventiva, como o próprio nome sugere, serve para prevenir que adversidades aconteçam. Os problemas podem ir desde a diminuição da performance do caminhão até os casos que colocam a vida dos motoristas em risco. 

A aplicação do processo consiste em avaliar as peças a partir de prazos pré-definidos e identificar aquelas que estão desgastadas. Posteriormente, acontece a substituição, uma vez que componentes avariados atrapalham todo o sistema. É melhor trocar uma peça com falha agora ou arcar com muitas substituições no futuro? A resposta é óbvia.

A principal diferença entre a manutenção preventiva e a preditiva é que a primeira cumpre cronogramas com trocas periódicas dos componentes do caminhão. Já a segunda, mais rigorosa, mede a eficiência das peças, independentemente do tempo de uso.

Manutenção corretiva

A manutenção corretiva é a que as transportadoras menos gostam e deveriam de fazer. A razão é que ela não foi prevenida pelas manutenções preditiva e preventiva, ou seja, só vai acontecer após a manifestação da falha.

O dinheiro gasto na troca de peças inutilizáveis e em casos onde já prejudicaram outros componentes é alto. Nesses casos, pode ter certeza que o valor será muito maior do que o gasto nas práticas de manutenção direcionadas para manter o veículo em bom estado.

Outra característica relevante deste tipo de manutenção é que, em regra, ela demanda um tempo considerável. Na grande maioria dos casos, o caminhão precisará ficar inutilizado para receber os reparos, até que o mecânico desmonte as partes comprometidas e identifique o dano.

Então, fique atendo, já que estar fora da estrada representa diminuição no seu lucro!

Como fazer a gestão de manutenção em transportadoras?

A seguir, separamos os principais passos a se levar em consideração na hora de organizar sua gestão de manutenção. Se você segui-las, dificilmente terá problemas e imprevistos para resolver. Pegue papel e caneta e anote tudo! .

1. Integre os tipos de manutenção

É claro que existem situações imprevistas como acidentes. Porém, a gestão da manutenção em transportadoras trabalha de forma a garantir a maior eficiência da frota, cobrindo os riscos previsíveis.

Por isso, ela deve integrar os três tipos de manutenção citados acima (preditiva, preventiva e corretiva). Não existe um tipo melhor que outro. São objetivos diferentes, contemplados em momentos diferentes. A dica principal é consolidar a efetivação de todas, evitando, ao máximo, a manutenção corretiva.

2. Crie um calendário de manutenção

Não tem jeito: fazer uma boa gestão de manutenção em transportadoras depende de criar uma rotina. Por isso, a melhor medida é estabelecer um cronograma de quando as manutenções preditiva ou preventiva (ou ambas, dependendo da sua estratégia com caminhões mais ou menos importantes na frota) precisam ser feitas.

É importante estabelecer nesse calendário um registro dos problemas encontrados e do que foi corrigido. Assim, no longo prazo, esses dados se tornam inteligência para o seu negócio, de forma que você saiba quais modelos de caminhões são mais resistentes e exigem menos trocas de peças.

A gestão só dará certo com disciplina. Seja o mais detalhista possível no planejamento, definindo os dias e horários de avaliação, cruzando datas que o veículo passe pela garagem da empresa. 

3. Elabore um checklist

Primeiro de tudo, para que a manutenção seja feita corretamente, é preciso que o profissional responsável seja qualificado. Você quer uma avaliação precisa, e não apenas um cumprimento de protocolo, certo? Para auxiliá-lo nisso, sugerimos elaborar um checklist. Detalhe o documento com pontos do tipo:

• Avaliação do estado dos pneus e dos freios;
• Medição dos fluidos e da temperatura do motor;
• Contagem dos níveis de emissões de CO2;
• Analise de luzes e faróis;
• Verificação de carga da bateria;
• Identificação de peças soltas e/ou danificadas;
• Verificação dos níveis de óleo;
• Busca por demais danos, trincos e arranhados que comprometam o funcionamento.

4. Estabeleça uma seleção criteriosa dos fornecedores

Em complemento a dica anterior, cabe ressaltar que a qualidade das peças conta muito. Então, compre somente de fornecedores sejam confiáveis e que os itens sejam capazes de suprir a demanda da frota. Um diferencial na escolha é a agilidade na entrega. Afinal, em caso de emergência, você não poderá esperar muito tempo

Essa parte é importante, pois como nós já dissemos, toda vez que uma emergência mecânica surge nos seus caminhões, a manutenção corretiva terá que ser adotada. Com ela, reposições de peças também se fazem necessárias.

Mesmo para as manutenções preditivas e preventivas, em algum momento a troca de uma peça defeituosa será necessária para garantir que ela não afete as demais. Por isso, é muito importante garantir que a sua empresa tenha um bom fornecedor de peças para os seus caminhões, de forma que não seja preciso esperar muito tempo para realizar um conserto.

Assim, quanto mais rápido chegam as peças de reposição, menos tempo a sua transportadora precisa manter os veículos ociosos.

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