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Uma das mudanças que a crise causada pelo novo Coronavírus trouxe para o setor aéreo foi a popularização da Uber da aviação: aplicativos que oferecem serviços de voos executivos compartilhados.
Durante o período mais crítico da pandemia o setor da aviação foi fortemente impactado e 93% da malha aérea dos voos comerciais foi reduzida.
Enquanto isso, a aviação executiva não teve queda tão acentuada e, já em setembro de 2020, havia retomado o mesmo patamar de antes da pandemia.
Aqueles que necessitavam viajar, portanto, viram nos voos executivos compartilhados a solução para seus problemas de locomoção em meio a uma crise sanitária sem precedentes.
Flapper: a Uber da aviação
Um dos principais responsáveis por popularizar os voos executivos compartilhados no Brasil é o aplicativo Flapper.
Desde sua estreia, em 2016, este que é considerado a Uber da aviação, a Flapper, já realizou mais de 10 mil voos e transportou cerca de 40 mil passageiros pelo Brasil e para o exterior.
A empresa não possui nenhuma aeronave, assim como a Uber também não possui nenhum carro, mas conecta aqueles que possuem do veículo, com aqueles que necessitam de transporte.
Assim, empresas de aviação que possuem aviões executivos para compartilhamento oferecem seus serviços por meio de um aplicativo, cadastrando a data do voo disponível, a rota, detalhes da aeronave, etc.
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O usuário acessa o app, vê as ofertas disponíveis e reserva o seu assento para a data escolhida, tudo online, pelo aplicativo.
Pra quem deseja outras opções de voos executivos compartilhados, este Uber da aviação oferece ainda a opção de fretar um avião inteiro ou helicóptero.
Basta que o usuário acesse o aplicativo, selecione a partida e o destino, o número de assentos pretendido, o tempo de viagem e o horário do voo. Em seguida, o app mostra as aeronaves disponíveis.
Voos executivos compartilhados garantem mais segurança e têm ótimo custo-benefício
O usuário que opta por utilizar um Uber da aviação, como a Flapper, pode esperar muita segurança em todos os voos.
Primeramente, é natural que os voos executivos tenham menos pessoas, diminuindo o risco de disseminação do Coronavírus.
Além disso, a Flapper realiza um processo de verificação em todos os parceiros que operam em sua plataforma.
São realizadas visitas à base do parceiro e verificados detalhes, como o histórico de acidentes, número de horas de voo dos pilotos, plano de seguro e onde é realizada a manutenção.
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Pode parecer que os voos executivos compartilhados são muito mais caros que as linhas aéreas comerciais, porém, uma pesquisa realizada em uma reportagem da CNN, mostrou que o custo-benefício é ótimo, com valores se assemelhando aos voos comuns em tradicionais companhias de aviação.
A reportagem citada fez uma pesquisa por um voo compartilhado na ponte aérea Rio-São Paulo (do aeroporto Santos Dumont para Congonhas).
Foi encontrado um jato executivo Embraer Phenom 100 (para até seis ocupantes), com disponibilidade para sábado a tarde, em pleno dia dos namorados (12/6).
Como comparação, as passagens aéreas da Azul, Gol e Latam neste mesmo trecho (em aviões com mais 100 passageiros) e compradas de última hora custam entre R$ 850 e R$ 945 (nas opções de tarifas básicas).
Brasil tem uma das maiores frotas de aeronaves executivas do mundo
Com cerca de 2.000 turbo-hélices executivos e jatos, o setor de aviação executiva brasileiro conecta quase 1.225 municípios em todo o país, fazendo frente a apenas 105 aeroportos conectados por meio da aviação comercial.
O México, terceiro da lista, possui uma frota de aproximadamente 1000 aeronaves, metade da frota brasileira, e a Alemanha, cerca de 750.
Os turbo-hélices correspondem a mais de 60% da frota de aviões executivos no país, o maior número entre os 15 principais mercados do mundo.
Além disso, a maior frota de helicópteros executivos também está no Brasil. Em São Paulo existem entre 450 a 500 helicópteros, que atendem em mais de 40 helipontos espalhados pela área metropolitana da cidade.
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Nova York, uma das cidades mais importantes do mundo, centro do mercado financeiro mundial, fica em segundo lugar, contando com cerca de apenas 120 helicópteros.
Atualmente a região da capital paulista conta até com uma torre dedicada ao controle do tráfego de helicópteros, sendo a única cidade do mundo com esse tipo de serviço.
Isso se traduz em uma oportunidade de 4 bilhões de reais por ano, dividida entre fretamentos executivos, serviços médicos e operações especializadas.
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